Se há uma verdade unanimemente reconhecida em Goiás é que Maguito Vilela, ao vender a usina de Cachoeira Dourada durante o seu governo, foi o grande coveiro da Celg – a companhia, sem a sua “galinha dos ovos de ouro”, nunca mais se viabilizou financeiramente e mergulhou em duas décadas de dificuldades.
Agora, com a Celg federalizada e a um passo de ser privatizada, o que a levará a voltar a exercer a sua função de motor da economia goiana, livre de problemas, é o filho de Maguito, o deputado federal Daniel Vilela (PMDB), que se predispõe a assumir o legado paterno e desempenhar o mesmo papel de coveiro da companhia.
Tanto o Jornal Opção online quanto O Popular informam, neste fim de semana, que Daniel Vilela envolveu-se com o senador Ronaldo Caiado e com Iris Rezende para tentar barrar, no Congresso, uma emenda a uma medida provisória que reduz em quase R$ 400 milhões a dívida da Celg, ao trocar os indexadores que a corrigem. O objetivo do trio – Caiado-Iris Daniel – é impedir que, com a venda da empresa para a iniciativa privada, ocorra um ingresso significativo de recursos no caixa do Estado, beneficiando administrativa o governo Marconi. Algo entre R$ 3 a 6 bilhões, dinheiro que o governador já anunciou que será exclusivamente investido em obras de infraestrutura para fortalecer o desenvolvimento da economia goiana.
Primeiro coveiro da Celg, o pai. Segundo coveiro da Celg, o filho. São as voltas que o mundo dá. A ação contra a Celg de Caiado-Iris-Daniel foi condenada publicamente pelo Forum Empresarial Goiano, que é a favor do único caminho que restabelecerá a plenitude do papel da Celg como mola propulsora do crescimento do Estado – a privatização. Com uma dívida menor, o preço da companhia aumenta e o número de interessados, claro, será maior.