Em reportagem publicada na última sexta-feira, o jornal Valor Econômico trouxe informações a respeito da história da Celg que o senador Ronaldo Caiado (DEM) tem feito questão de omitir na sua investida oportunista e politiqueira contra a empresa. A mais importante delas: foram dois de seus aliados, Maguito Vilela (PMDB) e Alcides Rodrigues, que quebraram a companhia.
Desde que se aliou ao PMDB depois de uma vida inteira de enfrentamento com Iris Rezende, o senador jamais condenou a malfadada venda da usina hidrelétrica de Cachoeira Dourada, no governo Maguito, e o congelamento da tarifa de energia, promovido por Alcides. O senador está interessado apenas no remédio que o governador Marconi Perillo (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) encontraram juntos para recuperar a saúde financeira da empresa: a federalização e a posterior privatização.
Caiado empurrou a Celg perigosamente para a beira do precipício ao manobrar contra o item de uma Medida Provisória que tramitava no Congresso e que previa a “desdolarização” da dívida da companhia. Graças ao senador, a dívida da Celg permanece cotada em dólar, e com a moeda americana em alta, o rombo nas contas da empresa também continua a crescer.