O deputado estadual Major Araújo , provavelmente em razão da sua formação militar, sempre teve comportamento autoritário nos debates na Assembleia Legislativa e igualmente sempre procurou se impor pela suposta força física (é oficial da Polícia Militar) – quando, na verdade, não passa de um parlamentar despreparado e, mais ainda, apagado, às vezes folclórico.
De raciocínio confuso, Major Araújo expressa-se com dificuldade, em português vacilante e cheio de erros de concordância, mas, nos debates mais acalorados, eleva o tom de voz, gesticula forte e dá a impressão de que pode partir para cima do seu adversário.
Alguns deputados já se intimidaram com essa estratégia. Outros não. Foi o caso, por exemplo, do deputado Francisco de Oliveira, que peitou Major Araújo em um tête-à-tête no plenário e o fez se calar. No mesmo episódio, o líder do governo, José Vitti, minutos antes, também enfrentou Major Araújo dizendo que não era soldado para receber ordens dele.
No exercício do segundo mandato, Major Araújo tem produção parlamentar zero. Quando se destaca, é pela excentricidade ou maluquice, como no caso de dois projetos que apresentou, um proibindo o porte de arma para os policiais goianos e outro criando um auxílio de R$ 1 mil reais, por conta dos cofres públicos, para quem quiser comprar uma carabina ou um revólver.