O líder da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, José Nelto, avançou posições estratégicas na disputa pelo comando do partido e é apontado agora como favorito para presidir a executiva peemedebista.
Além do respaldo da bancada estadual (com exceção de Paulo Cezar Martins), Nelto contabiliza o apoio da ex-deputada Iris Araújo, que hoje dirige a Fundação Ulysses Guimarães em Goiás.
Consta também que teria conquistado a simpatia do cacique Iris Rezende, que aprova o discurso duro que o deputado assumiu contra o governo do Estado. A fama de incendiário e desagregador foi desfeita na cúpula peemedebista diante do comportamento conciliador e equilibrado adotado pelo deputado, o que revela habilidade e amadurecimento político.
Ele vem percorrendo o interior Estado e garante que o fato de ser deputado estadual confere proximidade com as bases. A vantagem de Nelto na corrida pelo controle do PMDB também decorre da desidratação gradual dos demais concorrentes – Sandro Mabel, Nailton de Oliveira e Daniel Vilela.
O ex-deputado Sandro Mabel passa mais tempo nos Estados Unidos do que em Goiás. Isso é visto como problema grave, já que ele não teria espaço suficiente na agenda para se dedicar à organização da legenda.
Teoricamente mais consistente, o deputado federal Daniel Vilela perdeu pontos por ser inexperiente, morar em Brasília para exercer o mandato e, de quebra, ainda receber o veto do chamado irismo.
Os iristas não perdoam o filho de Maguito de Vilela por ter se alinhado ostensivamente a Júnior Friboi no episódio do confronto com Iris pela candidatura peemedebista ao governo estadual em 2014.
Ao ex-prefeito de Bom Jardim Nailton de Oliveira faltaria estatura política, mesmo porque, além das evidentes limitações políticas, perdeu o bonde ao ser derrotado na eleição para prefeito de seu município.