O jornalista Flávio Ricco, que assina uma coluna sobre televisão no portal UOL, disse em nota que o esforço do apresentador Tadeu Schimdt para usar um linguajar mais informal está desvirtuando o Fantástico, principal programa da rede Globo aos domingos (clique aqui para ler o texto).
Para ilustrar o seu raciocínio, Ricco mencionou reportagem que foi ao ar no último fim de semana sobre fraudes no Rio Grande do Norte. “À primeira vista, frases como ‘o coro começa a comer’, ‘mutreta’, ‘sumir por baixo do pano’, ‘o dono dedura’, ‘sente essa’ e ‘se o bicho pegasse tinha como segurar a peteca’, poderiam remeter a qualquer coisa, menos ao Fantástico, de tantas glórias e tradições”.
Ricco diz que a informalidade da Globo é “um caminhão sem freio na ladeira”. Afirma também, e com razão, que o Fantástico não é a única vítima deste esforço da Globo para alterar a forma como os apresentadores se comunicam com o público. Os telejornais da rede em Goiás se tornaram laboratórios para jornalistas que indiscriminadamente pontuam suas frases com “hein”, “olha”, “e, oh” e “pois, é”. O repórter Saulo Lopes é o líder desta turma, da qual também fazem parte Lilian Lynch e Victor Andrade (Globo Esporte).