O candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás, Flávio Buonaduce, promoveu um café da manhã, nesta quinta-feira, reunindo o movimento Advogadas Fortes com a ministra do Tribunal Superior do Trabalho, Delaíde Alves Miranda Arantes. A palestra intitulada “Lugar de mulher é onde ela quiser” teve a presença de 150 mulheres advogadas, no edifício New York Square, no setor Sul.
Buonaduce iniciou o encontro ressaltando a importância da preocupação em incluir as mulheres na OAB e valorizá-las no mercado de trabalho. “A inserção das mulheres na luta classista se tornou uma bandeira da OAB Forte. Queremos que essa gestão tenha a maior representatividade de mulheres possível”, ressaltou.
Após a fala de abertura do candidato, a ministra Delaíde Alves partiu de Cora Coralina, símbolo da presença feminina na literatura goiana, para introduzir uma questão séria: as consequências da desigualdade de gênero na sociedade brasileira. Delaíde afirmou que as mulheres compõem apenas 10% do Congresso Nacional, o que posiciona o Brasil no 121° lugar no ranking de participação feminina na política.
Advogada há 35 anos, Delaíde falou do passado às convidadas. A ministra nasceu em Pontalina (GO) e já aos 15 anos trabalhava como empregada doméstica para pagar os estudos. Durante a palestra, por meio de sua história de vida, Delaíde Alves ressaltou a necessidade de incluir as mulheres na profissão jurídica. “Estamos vivendo um período de tensão política e precisamos ter muito cuidado para não reforçar o discurso contra a democracia. Neste momento, precisamos nos unir com a responsabilidade de conscientizar as mulheres dos seus direitos”, relatou.
Esteve presente no encontro a fisioterapeuta e vereadora Cristina Lopes Afonso, que lembrou o quanto a trajetória de vida da palestrante é símbolo da resistência feminina na sociedade. “A OAB traz uma das mulheres de maior representatividade no cenário nacional. A Ministra Delaíde tem uma história de vida inspiradora.” “Ela trabalhou dignamente e, contrariando todas as expectativas, alguém que já foi empregada doméstica alcançou a universidade. É uma mulher que representa e inspira toda a luta da mulher”, esclareceu.