Como diriam os antigos narradores de futebol, o jornalista Rodrigo Czepak, assessor de imprensa do deputado estadual Daniel Vilela (PMDB), “abriu a caixa de ferramentas” contra a administração do prefeito Paulo Garcia (PT).
Em sua coluna online, publicada pelo site de notícias Folha Z, Czepak pontua dez razões que explicam o desejo do PMDB de romper com Paulo – que, diga-se de passagem, o demitiu da prefeitura em 2012. Ao destilar o seu veneno, o jornalista disse que a gestão do prefeito, entre outras coisas, é “inconsistente”, “sem rumo” e prejudicada por secretários “inábeis”, que “se acham acima do bem e do mal”.
Veja a lista escrita por Czepak:
1- Com Iris Rezende candidato ao governo, Paulo Garcia na Prefeitura de Goiânia e o governo federal nas mãos do PT, os poucos aliados imaginavam que finalmente o PMDB abandonaria o histórico de chapa puro-sangue em 2010. Mas o partido preferiu continuar fechado ao diálogo;
2- Em 2014 foi a vez do PT pisar feio na bola com a desorientada candidatura de Antônio Gomide, apostando no desgaste da polarização Iris-Marconi. O desempenho foi tão pífio que Gomide, derrotado, tentou cargo no governo federal e agora se contenta com candidatura a vereador em Anápolis;
3- Ronaldo Caiado aproveitou a brecha deixada pelo PT e transformou o DEM no aliado número um do PMDB, mesmo com grande deficiência na qualidade dos seus quadros;
4- Inconsistência administrativa de Paulo Garcia, um prefeito que prioriza ações supostamente sustentáveis e pedaladas nas ruas da cidade, mas não consegue manter a qualidade dos serviços básicos e a rotina financeira do município;
5- Ausência de um grupo político fiel ao prefeito e realmente disposto ao enfrentamento. Dos quatro vereadores eleitos pelo PT, sobrou apenas o líder Carlos Soares;
6- Fragilidade do Governo Dilma Rousseff, cujo interlocutor em Goiás é Marconi, mais atrapalha do que ajuda;
7- Inabilidade política de secretários petistas que se julgam acima do bem e do mal e fazem pouco caso de vereadores peemedebistas;
8- Falta de rumo em críticas e questionamentos ao Governo Marconi, muitas feitas pelo vice Agenor Mariano, e depois recuo por fraqueza;
9- Adoção de medidas desgastantes como aumento de impostos em tempo de crise e redução no horário do expediente de 8 para 6 horas diárias;
10- Intensa troca de acusações nos bastidores sobre a responsabilidade pelo descompasso nas finanças municipais.