segunda-feira , 25 novembro 2024
Goiás

Incapacidade da oposição para formular uma crítica consistente, apresentar propostas ou discutir ideias empobrece o debate político e envergonha Goiás

O Goiás 24Horas tem defendido a tese de que a oposição em Goiás é a mais incompetente do Brasil, ao se mostrar incapaz de formular uma crítica consistente aos programas do governo do Estado, apresentar propostas ou discutir ideias que tenham significado para a população.

Ninguém discute: no sistema democrático, a oposição tem um papel tão importante quanto o governo, cabendo a ela a fiscalização e sobretudo a discussão dos grandes temas de interesse da sociedade, com a colocação de pontos que possam compor um caminho alternativo ao que está sendo adotado pelo poder eventualmente estabelecido.

Mas, em Goiás, não temos nada disso. Aqui, ser oposição significa… xingar. Políticos como o senador Ronaldo Caiado, os deputados estaduais José Nelto e Adib Elias e o deputado federal Daniel Vilela são incapazes de atuar no campo das ideias e não conseguem escapar do ressentimento pessoal e da ofensa desrespeitosa. Não dão conta, por exemplo, de abordar programas como o Inova Goiás ou o Goiás Competitivo, que eles mostram sequer compreender quanto mais de discutir.

Um exemplo para a oposição é o próprio governador Marconi Perillo, o político mais bem sucedido da história de Goiás – nunca perdeu uma eleição e é um dos raríssimos governadores a cumprir o quarto mandato. Marconi começou na oposição a Iris Rezende, então no governo, e ganhou notoriedade por comandar a estruturação de um plano para o futuro do Estado, que ganhou o nome de “Goiás Século 21”. Lembra a jornalista Fabiana Pulcineli, em um artigo publicado em O Popular, que o plano embasou a candidatura de Marconi em 1998 e acabou ajudando na histórica vitória que teve sobre o PMDB.

Na época, Marconi dizia que a fixação em ataques e ofensas e combate a nomes era estéril e que, com lastro em ideias e propostas, a oposição poderia vencer até mesmo o imbatível Iris ou então a candidatura à reeleição do governador Maguito Vilela. O jovem Marconi propôs então a união da oposição goiana “não em torno de pessoas, mas de propostas e projetos para Goiás”, conforme suas palavras textuais publicadas pelo jornal O Popular na edição do dia 15 de abril de 1997 – fato rememorado pela repórter Fabiana Pulcineli em seu artigo.

Fabiana relata que, “após propor a união da oposição com base em ideias, Marconi e seu grupo partiram para a elaboração de um planejamento de Governo, intitulado ‘Goiás Século 21′, batendo na tecla da ousadia, da modernidade, do crescimento econômico do Estado, de novas práticas políticas, do novo. Em seguida, foram discutir esse plano com a sociedade, sob a liderança de Marconi. O resultado é que a oposição venceu as eleições de 1998, mesmo enfrentando o mais forte dos candidatos peemedebistas, o próprio Iris”, conclui Fabiana Pulcineli.

Infelizmente, parece que ninguém da oposição leu esse artigo.

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