Empossado nesta sexta-feira, o advogado Edilberto de Castro Dias é o quinto presidente a assumir a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) em três anos. Ele encontrará um órgão destroçado, arruinado pelos abusos praticados pela turma de Iris Rezende (PMDB) e Paulo Garcia (PT) nos últimos 15 anos, e incapaz até de executar tarefas básicas, como a coleta do lixo.
O desmantelamento da Comurg começou na gestão do ex-prefeito Pedro Wilson, em 2001, com a chegada da companheira Neyde Aparecida, que aprontou todas por aquelas bandas. Fez tanto que foi condenada pela Justiça, apesar de ter conseguido usar a máquina para se eleger deputada federal. Fez o seu sucessor na companhia, Paulo Cézar Fornazier, que também foi arrolado em denúncias.
A gestão Iris Rezende começou com Waguinho Siqueira na Comurg. O Ministério Público o acionou por deslizes aqui e ali, mas nada comparado ao desastre que foi o seu sucessor, Luciano de Castro, que teve de sair arrastado da cadeira de presidente pelo promotor Fernando Krebs. Luciano foi acusado de participar de uma quadrilha especializada em fraudar licitações.
Depois desta tempestade veio Paulo de Tarso, levado ao cargo por Paulo Garcia para viabilizar sua eleição para deputado estadual, mas como ele é um péssimo político, não conseguiu. Também foi acionado pela Justiça, por irregularidades na coleta de lixo.
Veio então Ormando José Pires, e na sua gestão explodiu o escândalo dos supersalários pagos a marajás da administração, além do agravamento do problema da coleta de lixo. Caiu sem aviso prévio, vítima das circunstâncias políticas.
A julgar pelo histórico do novo presidente, Edilberto de Castro Dias, a Comurg logo voltará às manchetes de jornal. Edilberto acumulou graves críticas na Controladoria Geral do Município porque sempre privilegia a companheirada de partido em detrimento da lei ou da moralidade.
Certamente vai dar o que falar. E a Comurg continuará a sofrer.