No começo do ano, o prefeito Paulo Garcia (PT) adotou uma estratégia arriscada para melhorar os seus índices raquíticos de aprovação: como não podia contar com avanços palpáveis em áreas da administração que realmente interessam, como atendimento básico em Saúde, Educação e transporte coletivo, Paulo apostou em factoides baratos, como inaugurar banquinhos “gourmetizados” (afrescalhadamente chamados de parklets), alardear visitas ao Papa Francisco (que nunca se concretizaram) e passear de bicicleta em bairros nobres da cidade, ciceroneado por puxa-sacos.
Paulo Garcia e o seu marqueteiro, Renato Monteiro, infringiram uma regra básica da comunicação: na política não valem técnicas de propaganda que o mercado utiliza para vender caixas de sabonete. A propaganda sem conteúdo não se sustenta no ambiente administrativo, eleitoral ou partidário como pode, vez ou outra, se sustentar no âmbito privado.
Todos perceberam que as fotos do prefeito em cima da bike não passavam de jogada de marketing. Tanto é que ele silenciosamente abandonou o “cicloativismo”, como registra nota publicada no jornal O Popular deste domingo, e nem fala mais em bicicleta (da mesma forma como abandonou o Twitter depois de se gabar de ser um político que usava as redes sociais para conversar com as pessoas). O titular da coluna, jornalista Jarbas Rodrigues, inclusive debochou da mudança repentina de comportamento do petista.
Veja a nota:
Sem pedalar
Paulo Garcia parou de usar bicicleta para ir ao trabalho, na Prefeitura, como fez em setembro, sempre acompanhado de auxiliares. Deve ser por causa das chuvas.