Em uma sequência de reportagens, os veículos de comunicação do Grupo Jaime Câmara estão se esforçando para criar um clima de comoção, em Goiânia, com a paralisação dos policiais – o que, na verdade, atende aos interesses corporativistas da categoria, interessada em forçar uma situação de pânico para pressionar pelo atendimento das suas reivindicações.
Do ponto de vista jornalístico, O Popular e a TV Anhanguera têm cometido verdadeiras aberrações. O mais importante jornal de Goiás chega a afirmar, nesta quinta-feira, que “a população está se sentindo acuada”, apresentando como base não uma pesquisa, mas uma única entrevista, com Ilza Duarte, 48 anos, identificada como atendente, que contou à reportagem de O Popular estar se sentindo “entregue à própria sorte”.
Um dia antes, o site do jornal na internet postou o vídeo de um policial, Aldair Queiroz, sem qualquer qualificação superior, avisando as pessoas para evitar sair às ruas e afirmando, sem nenhum fato concreto, que o “caos” estaria reinando na segurança pública no Estado. O policial, é claro, estava maliciosamente vendendo o peixe da categoria, isto é, fazia propaganda negativa para pressionar o governo a atender as reivindicações dos policiais.