O professor da UFG Fernando Pereira, em artigo na página de opinião de O Popular, afirma que “o sistema educacional de Goiás não se diferencia muito do que tínhamos há 100 anos” e, devido à sua ostensiva ineficiência, precisa ser alvo de novas abordagens – por isso, diz o professor, “não acredito que as OSs serão a panaceia que vai resolver os problemas da educação, mas trata-se de uma experiência que merece ser colocada em prova, com muito critério e com acompanhamento rigoroso, pois também não podemos deixar que a educação seja um paraíso para os que só pretendam ter lucro. Uma coisa parece certa: do jeito que está não pode ficar”.
O artigo teve grande repercussão, sendo amplamente comentado e discutido nas redes sociais.
Além de professor da UFG, Fernando Pereira tem conhecimento profundo sobre a rede estadual de ensino, já que ocupou, entre 2011 e 2014, o cargo de superintendente do ensino médio da Secretaria estadual de Educação.
No artigo, Fernando Pereira começa contando um caso, que acaba definindo a sua linha de raciocínio a favor da experiência com as organizações sociais: “Um adesivo em um carro no estacionamento da UFG me chamou a atenção. Em letras garrafais dizia: OSs NA EDUCAÇÃO: SOU CONTRA. Fiquei pensando que se alguém é contra alguma novidade é porque acha que a realidade é melhor do que o proposto. Não acredito que alguém, em sã consciência, ache bom nosso sistema educacional. Vejam que Goiás ocupa os primeiros lugares nas avaliações feitas pelo MEC e nossa nota no ensino médio é apenas 3,8, que nenhum pai quer ver no boletim do filho. É verdade que o modelo de gestão por OSs não foi apresentado nem esclarecido, mas ser contra a priori, não me parece salutar vindo de educadores”.