Estava marcada para as 14 horas desta quarta-feira (20/1) uma reunião do Conselho Diretor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG) com a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, para discutir a implantação da gestão por Organizações Sociais nas escolas da rede estadual. Ocorre que o encontro foi abortado em função do saracoteio patético de professores de esquerda, que aos berros humilharam a secretária e expulsaram-na da UFG.
Foi um show de descontrole e intolerância, digno de preocupar os pais que depositam naqueles docentes a responsabilidade de educar os seus filhos. Antes mesmo que Raquel fizesse uso da palavra, os professores já diziam que a presença dela no local era inútil e, mais do que isso, indesejada, sob o argumento de que a Faculdade de Educação já havia se posicionado contra a proposta.
Pareceu que regredíamos à França pós-revolucionária, mais especificamente aos tribunais de exceção do jacobinismo, em que se exercia o radicalismo a plenos pulmões e o diálogo havia caído em desuso.
Raquel tomou o microfone e conseguiu se fazer ouvida por alguns minutos, apesar de ter sido interrompida mais de uma vez. Reforçou a constitucionalidade do projeto que prevê a gestão compartilhada por OS e ponderou: “O projeto está em andamento, mas também está em construção e considero a Faculdade de Educação um espaço adequado para o debate.
Após a breve intervenção da secretária, os professores acataram por unanimidade o pedido para cancelar a reunião e a saída dela foi marcada por momentos de tensão (como se vê no vídeo abaixo). Na porta da unidade, manifestantes neofascistas obstruíram o trânsito por alguns minutos ao impedir a passagem do carro em que estava a secretária.
Depois de todo este showzinho, ficou a pergunta: o que queriam essas pessoas aos humilhar Raquel Teixeira? Queriam convencê-la pelo constrangimento, pela hostilização? Queriam ganhar manchetes de jornal com palavras de ordem e berros? Pode ser qualquer uma dessas opções.
Mas é certo que a única coisa que não queriam era diálogo.
Assista os vídeos abaixo.