É dramática a situação da deputada estadual Adriana Accorsi, nome mais cogitado para disputar a Prefeitura de Goiânia representando o PT e o grupo do prefeito Paulo Garcia.
Fora uma forte ligação com o setor de segurança, já que é delegada de carreira, Adriana Accorsi não tem nenhuma outra identidade que a credencie a conquistar a preferência dos eleitores goianienses para o Paço Municipal. E, pior, ainda não conseguiu se posicionar em termos de representar uma visão de futuro para a capital. Em outras palavras: não tem propostas, pelo menos até agora.
Há outras dificuldades para a deputada – e muito mais graves. Forçosamente, ela será obrigada a defender a desastrada gestão de Paulo Garcia, hoje com rejeição superior a 70%, já que o prefeito será o seu principal patrocinador. Carregará também o pesado fardo de se vincular ao PT, o partido da ladroagem nacional, e à presidente Dilma Rousseff, que, em Goiás, tem menos de 4% de aprovação.
Colmo se vê, a candidatura é desafiadora, talvez muito superior à brandura e à suavidade feminina de Adriana Accorsi, incapaz de assumir posições de confrontação ou com algum conteúdo polêmico. Sendo candidata, tende até a começar bem, na faixa dos 8 a 10%, como já se viu em pesquisas publicadas no ano passado, mas a tendência é de derretimento ao longo da campanha.