Nada como um dia depois do outro.
As invasões de escolas estaduais e da Secretaria estadual da Fazenda foram repetida e brandamente tratadas pelos veículos do Grupo Jaime Câmara – como você, leitor, pode testemunhar – de “ocupações”.
Mas agora, quando a sede do GJC foi ocupada por um bando de baderneiros do Movimento Sem Terra, os veículos do grupo referem-se à ação como “invasão”.
Mais: em nenhum momento, ao noticiar as invasões de escolas e nesta quarta mesmo, da Sefaz, os veículos do GJC referem-se a esses atos como “ilegais”. Entretanto, no editorial de primeira página de O Popular, em que repudia a iniciativa a ocupação da sede da empresa pelo MST, o texto afirma enfaticamente que se trata de uma “ilegalidade”.
O Popular pede inclusive o que não pediu no caso das escolas e da Sefaz: que os invasores sejam “enquadrados no rigor da lei”.
Dois pesos e duas medidas. Todo mundo sabia e sabe que tanto no caso das escolas e da Sefaz quanto a do Grupo Jaime Câmara o que houve foram mesmo “invasões” e à margem da lei. Só que os veículos do GJC aprenderam agora.