quarta-feira , 13 novembro 2024
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Dois pesos e duas medidas: invasões de Sefaz e escolas são chamadas pelos veículos do GJC de “ocupações”, mas ocupação da sede do grupo é chamada de “invasão” pelos mesmos veículos

Nada como um dia depois do outro.

As invasões de escolas estaduais e da Secretaria estadual da Fazenda foram repetida e brandamente tratadas pelos veículos do Grupo Jaime Câmara – como você, leitor, pode testemunhar – de “ocupações”.

Mas agora, quando a sede do GJC foi ocupada por um bando de baderneiros do Movimento Sem Terra, os veículos do grupo referem-se à ação como “invasão”.

Mais: em nenhum momento, ao noticiar as invasões de escolas e nesta quarta mesmo, da Sefaz, os veículos do GJC referem-se a esses atos como “ilegais”. Entretanto, no editorial de primeira página de O Popular, em que repudia a iniciativa a ocupação da sede da empresa pelo MST, o texto afirma enfaticamente que se trata de uma “ilegalidade”.

O Popular pede inclusive o que não pediu no caso das escolas e da Sefaz: que os invasores sejam “enquadrados no rigor da lei”.

Dois pesos e duas medidas. Todo mundo sabia e sabe que tanto no caso das escolas e da Sefaz quanto a do Grupo Jaime Câmara o que houve foram mesmo “invasões” e à margem da lei. Só que os veículos do GJC aprenderam agora.

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