O deputado estadual Bruno Peixoto (PMDB) credita o aumento no preço dos combustíveis aos impostos cobrados pelo Estado (o ICMS) e pelo governo federal. Bruno afirma que é contrário à alta no valor cobrado pela gasolina e pelo etanol nas bombas dos postos, mas pondera que os donos de postos estão sob pressão.
“O imposto de ICMS em Goiás é de 30%, e são mais quase 30% de impostos federais que influenciam diretamente no valor do produto para o consumidor final. No fim do ano, foi votado nesta Casa, com meu voto contrário e de toda a bancada da oposição, vários aumentos, mas agora o Procon, órgão fiscalizador controlado pelo Governo, se esquece disso e quer colocar a culpa no empresário que também está sofrendo com a elevação dos custos, altas cargas tributárias e a falta de segurança”.
Bruno destacou ainda que é preciso ampliar o debate. “Está na hora de analisarmos o que está acontecendo por conta do aumento do ICMS, da pauta de cobrança, dos preços das companhias distribuidoras, das usinas. Tem que ouvir todo mundo”, afirma.
O presidente do Sindiposto, José Batista Neto, explicou que o valor de venda final do combustível não depende apenas dos donos de postos. “Os distribuidores repassam para os postos com preços bem mais altos”, afirma.
O superintendente da receita, Adonídio Neto Vieira Junior, representante da Secretária da Fazenda (Sefaz), justificou que o momento é de entressafra e que a adição de etanol (27%) na gasolina também eleva os valores. Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo, no início deste mês, o consumo de combustíveis no Brasil caiu 1,9% na comparação entre 2014 e 2015. “Isso é ruim para o País, para os empresários que vendem menos e para o consumidor, que tem que pagar mais caro”.