A reforma que o jornal O Popular implanta a partir do próximo domingo, quando mudará o seu formato em papel para o modelo “berliner” (igual ao Jornal Opção), na prática não vai adiantar nada: em todo o mundo, os jornais impressos se tornaram obsoletos e estão em marcha batida rumo ao desaparecimento.
Com a disponibilidade maciça de informações na internet, em tempo real, quem é que se interessa em sujar as mãos para ler notícias velhas, sobre fatos que aconteceram ontem e já são exaustivamente do conhecimento geral?
A mudança de O Popular para o formato “berliner”, na prática, representa uma redução do seu tamanho – os poucos centímetros a menos significam uma valiosa economia de papel e tinta, quando se pensa nos elevados custos de cortar árvores, produzir bobinas, transportá-las, usar tintas poluidoras para a impressão e carregar o produto final para distribuição em uma ampla base geográfica, tudo isso somando custos hoje inviáveis quando se compara com a limpeza, rapidez e campo de abrangência dos sites noticiosos na internet, inclusive o do próprio O Popular.
Ficar menor, assim, não adianta nada: o destino de O Popular é a extinção. E não vai demorar muito.