O manifesto de “juristas” goianos em defesa do governo Dilma, que será lançado na noite desta quarta-feira, em um “evento” na Faculdade de Direito da UFG, não passa de uma grande farsa: entre os signatários do documento, até agora, não pode ser encontrado nem um único jurista ou sequer o arremedo de um.
Assinam o documento, em massa, petistas – e não juristas – como o presidente da Comurg, Edilberto de Castro, ou o advogado Bruno Pena, aquele que gosta de postar fotos na internet com a camisa do PCdoB, sempre exibindo armas de fogo e garrafas de cerveja. Está lá também o ex-prefeito Pedro Wilson, que responde por improbidade administrativa na Justiça Estadual. Outro “jurista”, no documento, com problemas na Justiça é Osmar Pires Martins Júnior, que chegou a ser condenado a 3 anos e 3 meses de prisão (pena substituída por trabalhos alternativos) e atualmente encontra-se em fase de recurso da sentença, acusado pelo Ministério Público de irregularidades na Agência Goiana do Meio Ambiente.
Ainda pode ser encontrados na lista “juristas” de araque como o ex-deputado federal Aldo Arantes, também do PCdoB, e o promotor estadual Haroldo Caetano – dos quais pode-se dizer tudo, menos que tenham pinta de jurisconsultos do Direito em Goiás.
De resto, a farsa se completa até no número de assinaturas anunciado para o documento: 300. Na verdade, uma consulta ao site Petição Pública permite conferir que são apenas 280 – entre as quais muitos estudantes, policiais, funcionários do Judiciário e o advogado Pedro Paulo de Medeiros, que já foi preso pela Polícia Federal por envolvimento em fraudes no Exame da Ordem na OAB-GO e a partir daí se tornou inimigo do Ministério Público e da Justiça Federal: seja qual for o tema em questão, em se tratando de investigação policial ele está contra. Mas, jurista, jamais.