Segundo o Jornal Opção, a ex-editora geral de O Popular, Cileide Alves, demitida na semana passada, estaria sendo assediada por políticos do PMDB e do governo do Estado, interessados na experiência e capacidade profissional da jornalista.
É muito interessante.
Em seus anos como articulista e editora geral de O Popular, Cileide Alves se esmerou na publicação de textos rabugentos, nos quais, invariavelmente, atribuía todos os males de Goiás e do país à classe política.
Ela comandou campanhas épicas do jornal da família Câmara contra a Assembleia Legislativa e contra o governo do Estado. Respaldada pelo então diretor de jornalismo do Grupo Jaime Câmara, Luiz Fernando Rocha Lima, o Nando, também demitido, mas há tempos, e tendo como braço operacional a repórter política Fabiana Pulcineli, Cileide Alves foi cruel com os políticos e as suas mazelas estaduais e nacionais.
Agora, ela parece propensa a mudar de lado, mesmo porque o mercado de emprego para jornalistas, em Goiás e de resto no Brasil, não existe mais. Não há vagas, em um momento em que todos os veículos de comunicação, sem exceção, diminuem seus quadros a cada semana. Assessorar governos e políticos parece ser a única saída para a sobrevivência.
Estrategicamente, em sua carta de despedida de O Popular Cileide Alves não mencionou os políticos e se limitou a aspectos técnicos do jornalismo, muito embora em tom autocongratulatório. Vejam o que ela escreveu: “Um agradecimento a todos os leitores do POPULAR. Foram vocês que me motivaram a me esforçar, a apurar a melhor informação, a duvidar de histórias mal contadas, enfim, a fazer um jornalismo de qualidade para lhes entregar diariamente”.
Pena que a direção do Grupo Jaime Câmara não tenha concordado com essa avaliação de Cileide Alves e a tenha demitido.