A ascensão do governador Marconi Perillo junto ao presidente Michel Temer e, em consequência, dentro do seu quadro de auxiliares ministeriais, caminha para produzir resultados amargos para a oposição em Goiás.
Acompanhe o raciocínio, leitor:
1 – A oposição goiana, formada basicamente pelo PMDB e pelo PT, nunca hesitou em pressionar o governo federal, principalmente na desastrada era Dilma, para cortar o acesso de Goiás a recursos federais. Iris Rezende, por exemplo, na campanha de 2014, chegou a criticar publicamente a presidente petista por estar, segundo ele, “enchendo” o governador goiano de dinheiro.
2 – No momento, Marconi está no aguardo de duas ações do governo Temer que beneficiarão Goiás com enorme impacto nas contas do governo: a privatização da Celg e o alívio temporário que será concedido aos Estados para o pagamento das suas dívidas com o Tesouro Nacional. Somadas, serão dois acontecimentos que, até o fim do ano, poderão provocar um aporte de quase R$ 5 bilhões para o caixa estadual – sendo R$ 2 bilhões por conta da Celg e R$ 3 bilhões em consequência da suspensão do pagamento das parcelas da dívida, hoje em R$ 300 milhões por mês.
É tudo que a oposição, capitaneada pelo PMDB do deputado federal Daniel Vilela e pelo senador Ronaldo Caiado, não deseja. Nesta semana, Marconi esteve em Brasília e foi recebido com festa por quase uma dezena de ministros.