O pior prefeito da história de Goiânia (PT) tem a sorte de contar com uma imprensa tímida, que de modo geral não questiona os seus atos. Fosse o contrário, ninguém teria acatado a convocação para inauguração de um brinquedo de já havia sido inaugurado há oito meses: o teleférico do Mutirama. Ou, na pior das hipóteses, perguntariam se ele dorme com a consciência leve depois de tentar enganar tantas pessoas ao mesmo tempo.
O teleférico é uma obra que resume bem o que foi a administração de Paulo Garcia. Marcada por atrasos, adiamentos, superfaturamento e graves indícios de corrupção. Era para ter entrado em funcionamento no dia 15 de outubro do ano passado, por ocasião do aniversário da Capital, mas falhas no projeto empurraram o funcionamento para o Natal. Mesmo assim, no dia 15 de outubro Paulo Garcia estava lá, cercado pelos mesmos jornalistas e rasgando elogios ao próprio trabalho.
Paulo é o pior prefeito da história de Goiânia. É fato. É chover no molhado. Mas se não houver comportamento mais crítico por parte dos jornalistas, ele ainda haverá de fazer muita pataquada nos seis meses que lhe restam na prefeitura.