Em artigo publicado na edição desta terça-feira (23/08) no jornal Diário da Manhã, o vice-governador e titular da SSPAP, José Eliton, analisa o tema da segurança pública enquanto âncora no debate que passa a movimentar as eleições municipais, e faz o alerta: “Propostas superficiais e soluções simplistas emanam com discursos de inversão desse cenário perverso: motivar o cidadão a enfrentar, com as próprias mãos, o agressor social. Esquece o sofista de mencionar a leniência da legislação que permite uma reiteração criminal superior à ordem de 80%, a ausência de investimento da União de forma vinculada aos entes federados para pasta da segurança, a ausência de uma política de inteligência integrada no âmbito nacional, a deficiência legislativa do país, as dificuldades crônicas do sistema penitenciário em todo o Brasil, a ausência de legislação protetiva da atividade policial na atuação diária, a política nacional anacrônica e atrasada em relação ao menor infrator. São todos temas distantes da competência do ente municipal, e de enfrentamento obrigatório para a construção de um sistema de segurança pública forte”.
De acordo com o vice-governador, “propostas das mais variadas possíveis, desde as absurdas às realistas, emergiram ou vão emergir desse anseio de angariar votos. Todavia, segurança pública é tema que deve ser tratado com responsabilidade, divisando-se o papel de cada ente federado no combate à criminalidade. E deve-se ter em perspectiva que não basta tratar os sintomas de uma doença, mas sim suas causas para extirpar o mal. Segurança pública não é um fim em si mesma, tampouco as propostas focadas em meras soluções repressivas, claramente orientadas à conquista do voto, serão suficientes para sanar as mazelas sistêmicas que afetam a realidade vivenciada nas ruas”.
José Eliton afirma que “por meio de ações integradas, baseadas em um diagnóstico de inteligência que direciona as operações das forças policiais, nosso estado foi o ente federado que mais gerou redução nos principais indicadores criminais no mês de julho: homicídios tiveram queda de mais de 24% e latrocínios, superior a 9%”. Segundo ele, “o nível de envolvimento dos profissionais de segurança pública no Estado de Goiás é extremamente alto. Aqui bandido não tem nome nem fama!”