O PMDB de Goiás chegou ao ponto mais crítico desde que conquistou o governo do Estado pela primeira vez, em 1982. O partido, que já foi hegemônico, saiu da disputa com apenas 42 prefeituras – quinze a menos do que havia conquistado há quatro anos. Para se ter ideia de como o resultado foi ruim, o PSDB (principal adversário do peemedebismo goiano) fincou bandeira em 77 municípios e a base aliada do governador Marconi Perillo (PSDB) como um todo arrematou 199 prefeituras.
O fiasco coincide com a estreia do deputado federal Daniel Vilela no comando do PMDB. Daniel chegou à presidência da legenda depois de uma luta renhida contra o clã do ex-governador Iris Rezende, que gerou uma série de feridas nunca cicatrizadas. A derrota mais simbólica de Daniel aconteceu em Jataí, terra do seu pai, o ex-governador Maguito Vilela (PMDB). O bilionário Victor Priori (DEM) largou na disputa com ampla vantagem, mas foi suplantado pela zebra do momento, Vinícius Luz (PSDB).
É de conhecimento de todos que Daniel trabalha para ser candidato a governador em 2018. O resultado destas eleições impõe vários novos obstáculos à viabilização deste projeto.