O experimentado analista político Afonso Lopes lembra, em nota no seu blog pessoal, que não é a primeira vez, em Goiânia, que um deputado prefere ficar no mandato a assumir o cargo de vice-prefeito.
No momento, Major Araújo, eleito vice de Iris Rezende, prepara-se para renunciar ao cargo para continuar como deputado estadual – alegando ser esse o desejo das suas “bases”, mas na verdade motivado pelos privilégios salariais e mordomias financeiras que a Assembleia Legislativa destina aos seus membros, muito acima de qualquer remuneração oferecida a um vice-prefeito em Goiânia.
Conta Afonso Lopes:
“O ano é 1996. Numa situação até então inédita para os padrões políticos de Goiás, os 4 grandes partidos de oposição ao então hegemônico PMDB, conseguem se unir em torno da candidatura de Nion Albernaz, PSDB, a prefeito de Goiânia. Sandes Júnior é o nome escolhido pela cúpula do PFL/DEM. Na última hora, porém, ele não aceita e sobra para a então deputada federal Maria Valadão compor a chapa, que acabou vitoriosa. Antes da posse, a vice-prefeita eleita Maria Valadão renunciou ao cargo e se manteve na Câmara dos Deputados. Foi esse seu último mandato eletivo”.