De concreto, a reunião convocada pelo presidente do diretório municipal do PMDB com os prefeitos oposicionistas eleitos no último pleito, realizada nesta segunda em Goiânia, não teve nada.
Ou melhor: como os políticos consideram que suas promessas são “fatos concretos”, a reunião encerrou-se com dois deles: 1) o compromisso de Daniel Vilela (e dos deputados José Nelto e Pedro Chaves) de “agendar uma reunião com o presidente Michel Temer, em fevereiro próximo, para estabelecer parcerias e 2) a revelação de que os 3 peemedebista (Daniel, Nelto e Pedro Chaves) vão recorrer ao ex-deputado Sandro Mabel, hoje instalado em uma assessoria no Palácio do Planalto, mesmo sem ter sido nomeado, para “ajudar” a aproximar os prefeitos oposicionistas de Goiás com o presidente Michel Temer.
Descobriu-se depois que a prometida reunião a ser “agendada” com Temer em fevereiro já estava marcada. Só que o presidente vai receber todos os prefeitos recém-empossados, em um grande evento de caráter coletivo e genérico. Se alguém acreditou na “promessa”, vai alimentar falsas expectativas.
Resta Sandro Mabel. De fato, o ex-rei das bolachas está empoleirado no Palácio do Planalto, tem sala exclusiva e até carro de representação, usufruindo da condição de “colaborador” da Presidência da República (prevista em lei). Mas daí, se pode ajudar um ou outro prefeito oposicionista de Goiás, vai uma distância muito grande. Mesmo porque Mabel está sob vigilância da imprensa nacional, que tem sido dura no acompanhamento dos seus passos.