sexta-feira , 29 março 2024
Goiás

Ala jovem da bancada federal de Goiás votou contra a emenda do abuso de autoridade, com exceção de Daniel Vilela, que se alinhou com os “velhos” e conservadores, ficou a favor e agora colhe desgaste

Dos 17 deputados da bancada federal de Goiás, 9 votaram a favor da emenda do abuso de autoridade, 5 se posicionaram contra e 3 se ausentaram (Rubens Otoni, Célio Silveira e Delegado Waldir, os quais, por sinal, ainda não deram qualquer justificativa para o não comparecimento).

Um dado curioso é que os 5 votos contra a emenda partiram de 4 deputados jovens (Marcos Abrão, Thiago Peixoto, Fábio de Sousa e Alexandre Baldy, todos com pretensões políticas futuras) e um “velho” (Pedro Chaves, mas que também aspira um salto na carreira, candidatando-se a vice-governador pelo PMDB em 2018). É óbvio que todos eles, além das convicções, votaram pensando na própria imagem e nos seus passos amanhã.

Os 9 que votaram a favor – e estão sendo execrados nas redes sociais e pela mídia – são quase todos “velhos” ou de perfil fortemente rococó: Roberto Balestra, Jovair Arantes, Magda Mofatto, João Campos (relativamente jovem, mas evangélico e isso diz tudo), Flávia Morais, Lucas Vergílio (que não é ele, mas o pai, Armando Vergílio, disfarçado), Giuseppe Vecci (esquerdista na juventude, mas hoje…) e Heuler Cruvinel (jovem, mas fortemente influenciado pelo conservadorismo rural da sua região, o sudoeste goiano).

O nono deputado federal goiano que votou a favor da emenda foi uma surpresa: o muito jovem Daniel Vilela, do PMDB, de todos o único que aspira e tem até chances de um passo largo no futuro, cogitado que é como candidato a governador em 2018. Era de se esperar que se declarasse contra a emenda, perfilando com a turma jovem ou com projetos políticos no horizonte, mas não foi o que aconteceu. Ele se alinhou com os “velhos”.

Nas redes sociais, em seu próprio perfil no Facebook, Daniel Vilela está sendo massacrado pelos internautas, a maioria se declarando seus ex-eleitores e prometendo em alguns casos que irão trabalhar para que ele seja expulso da política nas próprias eleições, seja a qual cargo venha a se candidatar. É o preço a pagar pelo mau passo.