O deputado federal Daniel Vilela, do PMDB, é mais um político a se lixar para a coerência.
Há poucas semanas, o peemedebista votou a favor da PEC do Teto, aprovada pela Câmara dos Deputados com o seu apoio. Essa PEC impõe um forte ajuste fiscal ao governo federal, limitando os seus gastos por 20 anos.
Agora, quando o governador Marconi Perillo também está estabelecendo um teto para os gastos públicos em Goiás (por 10 anos) e promove um forte ajuste fiscal, Daniel Vilela está… contra.
Em Brasília, pode. Em Goiás, não pode.
Nesta segunda-feira, na coluna Giro, em O Popular, o “Vilelinha”, conforme o peemedebista é chamado pelo Jornal Opção, ataca duramente o pacote de austeridade do governador Marconi Perillo e declara Goiás em situação de “falência administrativa”.
Observe, leitor: é o contrário. Enquanto outros Estados brasileiros, inclusive administrados pelo PMDB, como o Rio Grande do Sul, estão de fato em situação de “falência administrativa”, Goiás paga os salários em dia, já enxugou a sua máquina administrativa (tem apenas 10 secretarias) e prepara um aperto ainda maior, a fim de deixar as suas contas livres de quaisquer sobressaltos.
Daniel Vilela, o rei da incoerência, é contra.