Em 2012, o Instituto Brasileiro de Estatística de Geografia (IBGE) conferiu a Goiânia o título de cidade mais verde no Brasil, com base em um estudo inédito que analisava o índice de arborização por domicílio. Este título vou argumento para campanha eleitoral nas mãos de Iris Rezende (PMDB), em 2014 e 2016, e Paulo Garcia (PT), em 2012.
O fato novo é que, nesta segunda-feira, o jornal O Popular trouxe à luz a opinião de especialistas que afirmam que o estudo do IBGE foi malfeito e carece de rigor científico. Tudo não passou de um embuste, na opinião deles.
“Essa informação (de que Goiânia é a cidade mais verde do Brasil) é muito questionada por conta da metodologia que eles (IBGE) utilizam”, afirma o doutor em Geografia Diego Tarley. “Apesar do número de parques crescer, o número de arborização diminuiu. É um discurso questionável”, emenda Carolina Streglio, que comparou a arborização do município entre imagens de satélite geoprocessadas entre os anos de 1986 e 2010.
Em 2015, o especialista em geoprocessamento Tarik de Souza Araújo resolveu testar a pesquisa do IBGE. Ele comparou dados de Natal, no Rio Grande do Norte, obtidos pelo instituto, com dados extraídos de imagens de sensoriamento remoto de alta resolução espacial.
A conclusão foi de que os dados do IBGE são superdimensionadas, já que eles consideram como arborizados os domicílios de um lado do quarteirão que tenha pelo menos uma árvore.