A dez dias do fim do seu mandato, quando dele esperava-se que aguardasse inerte ao começo de um longo período de ostracismo político, o prefeito Paulo Garcia (PT) aprontou de novo.
Foi lido em plenário na última terça-feira (20) matéria enviada pelo poder Executivo, em regime de urgência, que autoriza a desafetação de 130 mil metros quadrados de áreas públicas para que a Prefeitura consiga quitar débitos do Instituto de Previdência Social do Município (IPSM).
O pagamento das dívidas do IPSM é condição inegociável para que o Instituto consiga o Certificado de Regularidade Previdência (CRP), que por sua vez é fundamental para captação de recursos do governo federal.
Trocando em miúdos, o que acontece é o seguinte: Paulo quer fazer negócio com uma porção de áreas públicas no apagar das luzes do seu mandato, e provavelmente sem consultar o prefeito eleito Iris Rezende (PMDB).
Está errado, muito errado.