Dá pena ler as duas páginas da última entrevista como prefeito de Paulo Garcia, neste sábado, a O Popular.
Do começo ao fim, o tom é de profunda amargura, com lamentos e arrependimentos a cada frase.
Paulo Garcia sai debaixo de uma reprovação cavalar: Datafolha e Ibope, há poucas semanas, mediram a sua avaliação popular e chegaram a percentuais abaixo de 5%.
Ele chega a dizer que não aguentava mais, que acumulou um grande sofrimento pessoal à frente da Prefeitura e não esconde a mágoa contra ex-auxiliares e outros políticos que, sem citar nomes, acusa de tê-lo traído.
Denotando que vive um momento de grande desorientação, Paulo Garcia não consegue responder a perguntas do repórter Vandré Abreu sobre o que vai fazer a partir de quando entregar o cargo – coisa, aliás, que ele confirma que não vai fazer, já que não comparecerá à posse de Iris Rezende. Revela que não tem a menor ideia sobre o que estará fazendo daqui a 60 dias.
A entrevista é o retrato perfeito de um homem entropigaitado.
Não, você não leu errado, leitor. Paulo Garcia mostra em O Popular que está entropigaitado – palavra difícil que o dicionário apresenta como sinônimo de desnorteado.