Roberto do Orion, um professor sem nenhuma experiência administrativa ou política, assumiu neste domingo a Prefeitura de Anápolis com uma barulhenta jogada de marketing: anunciou uma “Operação Resgaste”, destinada a recuperar, em 100, dias a posição da cidade como a 2ª mais importante de Goiás, posição que já ocupa.
Agora, imagine você, leitor: se Anápolis já ocupa o 2º lugar no ranking dos municípios goianos, qual a finalidade dessa “Operação Resgate”? É para “resgatar” o quê?
A “proposta” de Roberto do Orion é uma mistificação. Anápolis ainda tem o 2º maior PIB do Estado, embora com Aparecida nos calcanhares. Na verdade, poucos investimentos industriais se dirigem hoje para a cidade, preferindo, de fato, se instalar em Aparecida, que possui condições logísticas e de proximidade com o maior mercado do país, São Paulo, muito mais ideais. Essa é uma tendência inelutável dentro da economia goiana. Só polos industriais, Aparecida possui 9, que totalizam um número de empresas quase 3 vezes maior que as localizadas no Distrito Agroindustrial de Anápolis, que vive uma espécie de decadência já que não recebe novas empresas há tempos inclusive por falta de espaço.
A “Operação Resgate” não passa de puro marketing e parte do princípio de que os anapolinos são trouxas e vão engolir qualquer conversa. Como é que se pode ”resgatar” o 2º lugar que uma cidade ocupa no ranking dos municípios goianos se ela já está lá?