Nas últimas eleições, como é óbvio, o eleitor de Aparecida votou para escolher um prefeito, não para eleger alguém para capinar lotes baldios ou operar trator para roçar o mato (e ainda por cima desrespeitando as normas de segurança, ao levar várias pessoas encarapitadas nos pára-lamas).
Mas esse parece não ser o pensamento do novo prefeito da cidade, Gustavo Mendanha.
Na semana passada, ele posou para os fotógrafos capinando o mato com uma foice e, em seguida, dirigindo irregularmente um trator com uma roçadeira.
O que o cidadão de Aparecida quer é alguém que administre bem, que saiba liderar equipes. Para isso, é óbvio que factoides demagógicos e populistas não acrescentam nada.
Gustavo Mendanha começou mal. Além de tudo isso, nomeou a própria mulher, Mayara, para o secretariado e anunciou uma reforma administrativa de araque, que manteve a Prefeitura de Aparecida com um superestoque de secretarias – 21, enquanto São Paulo, o maior município brasileiro, tem 22 pastas.
A demagogia e o populismo são anacronismos. Além de não atingir o objetivo da identificação com o cidadão comum, não ganha a simpatia de outros públicos.