Na sua entrevista ao Jornal Opção, o deputado federal Daniel Vilela, do PMDB, não escondeu o incômodo que sente com a falta de ideias próprias para o futuro de Goiás – já que está se apresentando como pré-candidato a governador em 2018.
O problema é o mesmo que atormentou Vanderlan Cardoso em suas duas eleições para governador – em 2010 e 2014: sem projetos, fica difícil tocar uma campanha, onde as propostas costumam ser mais importantes do que o nome levado aos eleitores. O empresário inventou que contava com” uma equipe de 100 doutores da academia”, foi cobrado para revelar os nomes, não o fez, terminou não apresentando nenhum plano de governo e no final das contas passou por um grande constrangimento (para não dizer desmoralização). Em 2014, por exemplo, suas propostas para o governo resumiram-se a 11 páginas.
Ridículo.
Agora, Daniel Vilela segue pelo mesmo caminho. Ao Jornal Opção, ele anunciou que vai criar um grupo de trabalho “para formular um plano de governo que vai ser o mais ousado do Brasil”. Acrescentou textualmente que vai buscar “professores das universidades, jovens, várias empresas públicas e privadas” e colher “sugestões e apresentar um negócio diferente para Goiás”. Nomes, não deu nenhum.
“Um negócio”? Sim, leitor, foi o que o peemedebista disse, certamente querendo dizer “um projeto” e demonstrando mais uma vez sua falta de tato com as palavras. E, portanto, confirmando se pode esperar a reedição do “fenômeno” Vanderlan Cardoso e seus 100 sábios planejadores, que não deu em nada.