Uma eleição como a que se aproxima, a de 2018, deveria servir para Goiás discutir o seu futuro.
Mas o que se apresenta não é nada disso. Em 2018, tudo indica que os goianos serão convocados pelos candidatos já anunciados a tirar uma conclusão: o melhor passado é o recente, o de 20 anos atrás ou o dos tempos de antanho?
É o que se antevê. O vice-governador José Eliton, nome da base aliada do governador Marconi Perillo, já avisou que a sua candidatura visa à defesa do legado de Marconi. Daniel Vilela (ou seu pai Maguito Vilela) são nomes que representarão a reinstauração dos tempos de glória do PMDB, datados de duas décadas atrás. E o terceiro nome, Ronaldo Caiado, é a antítese da modernidade e a volta conceitual da era oligárquica, que se resume no seu slogan: “Não deixa companheiro na chapada e não volta atrás na palavra empenhada”.
Tudo isso vai distorcer a campanha de 2018 e evitar o debate sobre o que seria mais importante: qual o futuro de Goiás?
Nenhum candidato falado até o momento sequer arranhou a resposta a essa pergunta.