Os primeiros movimentos dos políticos que pretendem se candidatar ao governo do Estado, em 2018, parecem confirmar que eles acreditam que as eleições expressam um processo exclusivamente político e não um embate entre forças sociais em movimento.
Santa ignorância.
Há uma corrida atrás de prefeitos, tanto por parte da base aliada como dos partidos oposicionistas. José Eliton recebe diariamente magotes de gestores municipais, para acertar investimentos nos municípios. Daniel Vilela vai todo fim de semana para o interior, promover encontros regionais e buscar atrair prefeitos. Ronaldo Caiado se vira como pode com o seu DEM nanico, assediando prefeitos de outros partidos e levando-os a encontros com ministros para encaminhar obras e verbas para as suas cidades.
Toda essa movimentação pressupõe que os nossos políticos estão pensando… em política e não na base social, que, essa sim, vai ditar o resultado das urnas em 2018. Esquecem-se, por exemplo, de que Iris Rezende perdeu uma eleição ganha, em 1998, apoiado por 213 dos 246 prefeitos goianos. Marconi Perillo ganhou com os 33 que restaram.
Uma eleição majoritária só é “política” se o termo se referir a política em um sentido mais amplo e nunca à miudeza da vida política partidária do Estado – como sugerem acreditar os nossos candidatos. E prefeitos não garantem a eleição de ninguém: são, aliás, o elo mais fraco da corrente social, degastados como membros da classe mais desmoralizada do país – a classe política.