A estratégia delineada até agora pelos candidatos e partidos que pretendem disputar as eleições de 2018, em Goiás, deixa claro que eles acreditam que o pleito será decidido exclusivamente por uma conjunção de fatores políticos ou partidários e não através da manifestação dos segmentos da sociedade, ou seja, pela base social do Estado.
Basta olhar o cenário atual: o vice José Eliton, que será candidato da aliança comandada pelo governador Marconi Perillo, investe pesado para agradar prefeitos, esquecendo-se de que eles, na verdade, compõem o elo mais fraco e mais desmoralizado da corrente social. Daniel Vilela, do PMDB, percorre o interior do Estado reunindo os cacos do PMDB para tentar fundamentar a sua candidatura. E, finalmente, o senador Ronaldo Caiado também recorre a um mix dos dois comportamentos, se esforçando para seduzir prefeitos com verbas brasilienses e cooptar lideranças peemedebistas e de partidos da base governistas com o seu tradicional discurso radical.
Estão todos errados. A eleição de 2018, incontestavelmente, começa no plano político-partidário, sim, que é essencial até para o registro de candidaturas e o acesso a um bom naco de tempo de televisão. Mas só no início. Depois, rapidamente, transfere-se para o campo social e deixa para trás o mundo tacanho dos políticos. É a sociedade, com a plenitude das suas forças, que escolherá o próximo governador de Goiás. E ela vai comprar quem tiver as melhores ideias, não uma máquina nas costas ou um rostinho bonito ou um porrete na mão.
Ninguém, nenhum dos candidatos e partidos envolvidos na sucessão, até agora, resolver falar para quem vai decidir a parada: o eleitor.