Enquanto as manchetes sobre o aumento da criminalidade se multiplicam – neste sábado, o site do jornal O Popular registra oito homicídios na última madrugada, em Goiânia –, o novo secretário estadual de Segurança, historiador Roberto Balestreri, continua desaparecido, sem mostrar ainda a que veio.
Balestreri tem um currículo, digamos assim, perturbador para a área de segurança. É a favor da desmilitarização da PM, condena os métodos de treinamento adotado para os polícias militares (nos quais chega a enxergar um viés doentio), milita ativamente a favor dos direitos humanos e se arrepia todo diante de teses como a defendida pelo seu antecessor na Secretaria de Segurança, José Eliton, de tolerância zero com o crime.
Um exemplo do estilo do novo secretário é a sua reação à onda de arrastões de violência em escolas da região metropolitana de Goiânia: ele propôs a implantação de um programa que denominou Escola da Paz, pelo qual alunos, professores e comunidades seriam conscientizados da necessidade de se manter um ambiente de segurança para as atividades escolares. Ninguém foi preso. Uma enquete realizada por O Popular mostrou que 89% dos leitores são a favor de um policial na vigilância de cada escola, medida que também não foi adotada por Balestreri.