As delações dos ex-executivos da Odebrecht, implicando políticos goianos na lista de repasses da empreiteira, acabaram representando uma espécie de teste para o nível de solidariedade que os citados em Goiás recolhem entre os seus supostos aliados.
O governador Marconi Perillo, por exemplo, é um dos acusados. Da sua base de apoio, só se pronunciaram com veemência em sua defesa o vice-governador José Eliton; o deputado federal Thiago Peixoto, do PSD; e o presidente da AGM, Paulo Sérgio de Rezende. No mais, uma outra frase sem compromisso e o completo e constrangedor silêncio de todos os membros do secretariado. A defesa de Marconi quem está fazendo, com vigor, é o próprio.
No PMDB, as coisas estão se passando de um jeito ainda pior. Os principais denunciados por receber propinas foram Iris Rezende, Maguito Vilela e seu filho Daniel. Ninguém os defendeu. Ninguém. Nem a primeira-dama Iris Rezende, habitualmente boquirrota das redes sociais, se dispôs a oferecer alguma solidariedade ao marido. O prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, eleito com o apoio de Maguito, igualmente se calou. E os próprios – Iris, Maguito e Daniel – passaram a fugir do assunto como o diabo da cruz.