Vale também para Goiás a crítica de Caco Barcellos aos jornalistas da imprensa nacional que reproduzem acriticamente o que os promotores fazem na operação Lava Jato. Pelas bandas de cá, o costume também é tratar como deuses os integrantes do Ministério Público sem questioná-los jamais. O que é um erro, porque promotores e procuradores são seres humanos tão falíveis quanto quaisquer outros.
Confira nota publicada na revista Fórum com base em informações do jornal A Notícia, de Joinville (SC), onde Caco esteve na última quinta-feira.
Revista Forum – Caco Barcellos, autor de livros de jornalismo investigativo e um dos mais respeitados jornalistas da mídia tradicional, criticou a cobertura que essa mesma mídia faz da operação Lava Jato. Para o apresentador do “Profissão Repórter”, da Globo, os veículos de imprensa têm se limitado a “reproduzir” a versão dos fatos repassada pelo Ministério Público.
“A gente não trabalha com cobertura de política porque a gente não gosta de ‘blá, blá, blá’. Tudo que está em torno disso envolve o trabalho do Ministério Público. Não tem trabalho efetivo dos jornalistas. Os jornalistas reproduzem o que os promotores fazem”, disse o jornalista ao jornal A Notícia nesta quinta-feira (3) após um evento em Joinville (SC).
De acordo com Caco, o seu programa na TV faz um jornalismo mais “ativo”. “É a nossa investigação, não a dos outros”, pontuou.
Caco Barcellos é autor, entre outras obras, de livros aclamados pela crítica como “Rota 66”, que fala sobre a atuação da Polícia Militar em São Paulo, e “Abusado”, um relato sobre o tráfico de drogas no Rio de Janeiro.