Se já estava difícil viabilizar-se como candidato do PMDB a governador numa luta renhida com o senador Ronaldo Caiado (DEM), os obstáculos ficarão duas vezes maiores no caminho do deputado federal Daniel Vilela (PMDB) depois que ele votou em favor do arquivamento da denúncia que implicaria o presidente Michel Temer num escândalo de corrupção. O desgaste de Temer ficou marcado em Daniel, como tatuagem.
A avaliação não é apenas do blog, mas políticos da base aliada e do próprio PMDB com quem conversamos nos últimos dias. O fato de ser identificado como integrante da tropa que defende o Palácio do Planalto nas votações mais importantes do Congresso, tal qual o deputado que tatuou o nome do presidente no braço, é tido como um dos seis principais fatores que tendem a impedir Daniel de ser um candidato competitivo em 2018.
Os outros fatores são: o fato de ter votado a favor da Reforma Trabalhista, que extinguiu direitos; a falta de apoio popular; a citação na Lava Jato; o voto contrário às dez medidas anti-corrupção; e o fato de ter sido autor do projeto que beneficiou a empresa Oi, no ano passado.