O ex-senador Emival Caiado, tio do senador Ronaldo Caiado (DEM), apoiou a ditadura militar de 1964 e não merece homenagens da Câmara Municipal de Goiânia. A opinião é da vereadora Tatiana Lemos (PCdoB), que com suas duras críticas ajudou a barrar o projeto do vereador Paulo Daher (DEM) que tenta criar uma medalha com o nome de Emival para ser distribuída a pessoas que combatem a corrupção.
A vereadora deu uma bela enquadrada em Daher que, inexperiente, teve de engolir calado a surra verbal que Tatiana lhe deu. Daher tentou desqualificá-la dizendo que o PCdoB não tem moral porque apoia o presidente Lula e criticou Tatiana por ter um pôster do guerrilheiro cubano Ernesto Che Guevara no seu gabinete.
Tatiana mandou o vereador dobrar a língua e disse que o partido dela lutou muito para que ele, Paulo, pudesse estar ali naquele momento falando as asneiras que quisesse. “ Nunca mais afronte a memória da minha família e das pessoas que brigaram para que o senhor tenha o direito de estar aqui, hoje, falando suas bobagens”,
Tatiana chamou Daher de “grosso, mal educado que não merece respeito” (crítica que, aliás, é bastante comum a Caiado e aos aliados dele). Mandou também o vereador estudar mais e procurar professores de história antes de passar vergonha na Câmara defendendo políticos que marcharam ao lado dos militares.
Para poupar Daher de humilhação maior, Anselmo Pereira (PSDB) pediu vistas e aconselhou o novato: “Deixe os mortos descansarem em paz”.
Emival foi deputado federal (1955 a 1971) e senador (1971 a 1974), assim como o sobrinho. É irmão de Ecival (ex-deputado) e Edenval, pai de Ronaldo. Os três foram filhos do ex-governador Totó Caiado.
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