Enquanto a maioria dos Estados brasileiros patina com a crise, Goiás crescerá em 2017 em patamares acima da média nacional e será um dos responsáveis pelo resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) do País neste ano. Esta é a conclusão do “Mapa da Recuperação Econômica”, divulgado nesta semana pelo jornal Valor Econômico. A projeção de crescimento da economia goiana é de 2,2%. Números oficiais só serão divulgados no ano que vem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Três fatores colaboram com o bom desempenho da economia de Goiás: o corte de gastos públicos, promovido pelo governador Marconi Perillo (PSDB), a agressiva política de atração de investimentos (principalmente estrangeiros) e a força do agronegócio, que continua a crescer a despeito do cenário desfavorável que existiu no Brasil nos últimos anos. Outros estados onde o agronegócio é forte também registrarão bons índices de crescimento do PIB, como Mato Grosso (5,1%), Maranhão (3,1%), Mato Grosso do Sul (2,4%) e Tocantins (1,9%).
Estados da região Nordeste continuam a passar por dificuldades, como por exemplo Alagoas (-1%), Pernambuco, (-0,6%), Bahia (-0,3%), Paraíba (0,1%) e Sergipe (0,1%). Outros dois estão localizados na região Norte: Acre (-0,3%) e Pará (-0,2%). O Distrito Federal tem queda do PIB prevista de 0,2%.
Em São Paulo, a previsão é de crescimento tímido de 0,5%. É o mesmo índice do estado do Amazonas. Pouco melhor é a situação de Minas Gerais (1,2%), Espírito Santo (0,7%). O Rio de Janeiro, imerso na mais grave crise a sua história, deve encolher 1,4%.
O estudo foi feito por Everton Gomes e Rodolfo Margato, economistas do banco Santander.