Em nota lida pelo jornalista Alysson Lima na TV Record, na manhã desta quarta-feira, a administração do prefeito Iris Rezende (PMDB) admite que fechará o Centro Integrado de Assistência Médico Sanitária (Ciams) do Jardim América para reforma. Em que pese a promessa de reabrir o Ciams no curto prazo, após as obras, o trauma causado pelo Ciams do setor Urias Magalhães (fechado para “reforma rápida” desde dezembro de 2013) leva a população a apostar no fechamento definitivo.
O assunto foi abordado pelo blog no dia 18 de setembro. A partir de denúncias do Conselho de Saúde do bairro e da Comissão de Direito Médico da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO), constatou-se que a prefeitura estava desmontando o Ciams do Jardim América na calada da noite, sem contar para ninguém.
Reportagem do jornal do Meio Dia, da TV Serra Dourada, do dia 15 de setembro mostrou que todos os aparelhos de ar condicionado foram retirados na surdina. O mobiliário também está indo embora, aos poucos. Remédio na unidade, já não há mais. No entanto, apesar do claro desmonte, a prefeitura nega que o Ciams vá fechar as portas. Para os pacientes que vivem na região, o fechamento é iminente e vai repetir o roteiro de abandono ao qual foi submetido o Ciams do Urias Magalhães.
A presidente do Conselho de Saúde do Jardim América, Cleonice Ribeiro de Carvalho, afirma que não houve diálogo, por parte da prefeitura, antes de se iniciar o fechamento gradual do centro de atendimento. “Já começaram a tirar os [aparelhos de] ar condicionado. Já tiraram servidores. Hoje tirou o pessoal da limpeza. Então…”, afirma. A reivindicação de Cleonice é para que a reforma seja realizada em etapas e sem exigir o fechamento do Ciams.
A Comissão de Direito Médico da OAB visitou a unidade e constatou que funcionários já realizam o inventário de móveis, no que foi considerado como primeiro passo para o fechamento. “Verbalmente ela [diretora do Ciams] não confirmou, porque ela não poderia confirmar isso. Mas é fato que estão fazendo inventário dos objetivos e utensílios do Cais. Não existe explicação para se fazer inventário se não for pelo fechamento da unidade“, diz João Ricardo Tavares, representante da comissão.
Abaixo, reportagem da TV Serra Dourada sobre o assunto: