Em meio a rumores de que a prefeitura de Goiânia teria decidido parcelar o salário dos servidores municipais, o sindicato que representa a categoria avisa que entrará em greve caso a medida seja de fato implantada. Sindicalistas estiveram na Câmara Municipal nesta terça-feira e receberam apoio de vereadores na queda-de-braço contra a administração do prefeito Iris Rezende (PMDB).
“Onde há fumaça há fogo. Assim como há meses atrás, a gente discutia que não pagariam mais no mês trabalhado, mas acabou acontecendo. E assim como tempos atrás se discutia a possibilidade do não pagamento da data base e aconteceu. Agora mais isso. Ninguém confirma, mas preocupa, porque tudo que foi ‘conversado’, até o momento, acabou acontecendo”, afirma o vereador Romário Policarpo (PTC), que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Goiânia (Sindigoiânia).
A revolta com o eventual parcelamento é potencializada pela informação de que, nos nove primeiros meses de 2017, a prefeitura gastos R$ 8,1 milhões com publicidade e outros R$ 4,2 milhões (com dispensa de licitação) para aquisição de um software para o sistema de regulação da Secretaria de Saúde (que, segundo vereadores, criou um cenário de caos para justificar soluções emergenciais). “A prefeitura tem dinheiro para fazer mutirões. Então, tem que ter dinheiro para pagar os trabalhadores também”, finalizou.