O secretário de Finanças da prefeitura de Goiânia, Alessandro Melo, anunciou um esforço concentrado para melhorar a saúde financeira do município, mas o que chamou a atenção dos jornalistas presentes no Paço Municipal, onde aconteceu coletiva de imprensa, é que o prefeito Iris Rezende (PMDB) quer diminuir despesas sem demitir servidores comissionados e sem extinguir secretarias, o que qualquer economista razoavelmente instruído consideraria uma loucura. Hoje há 24 órgãos na administração direta.
O plano do secretário consiste, em primeiro lugar, em fazer uma auditoria na folha salarial para descobrir o que se paga para cada um dos 55 mil servidores públicos do município – algo que demonstra que a prefeitura não controla o que acontece na sua própria cozinha
Em paralelo, a prefeitura quer realizar uma ação de terrorismo fiscal, enviando agentes da Sefis a campo para bater na porta de cada pessoa que está com imposto atrasado na cidade. A determinação é ameaçar o devedor com uma representação criminal – junto ao Ministério Público e à Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) – caso o débito não seja quitado.
“Queremos que essas pessoas, físicas ou jurídicas, que estão em débito, se apresentem espontaneamente, que venham até a prefeitura, negociem e paguem o débito. E estamos dando oportunidade para isso. Mas hoje temos níveis inaceitáveis de sonegação. Nós já sabemos quem são os maiores devedores e vamos cobrar a partir de novembro”, avisa Alessandro.