A menos de um ano da eleição para governador, o cenário é de clara polarização entre as pré-candidaturas do vice-governador, José Eliton (PSDB), e do senador Ronaldo Caiado (DEM). O deputado federal Daniel Vilela (PMDB) virou mero figurante.
Prova disso é o exército que caminha com cada um dos postulantes ao Palácio das Esmeraldas. O governo conta o mesmo forte e poderoso arco de partidos que deu sustentação à eleição de Marconi Perillo (PSDB) em 2014. Caiado reúne uma escumalha de seis ou sete partidecos dos quais ninguém ouviu falar, como PPL, PEN, PHS e PTC, mas que darão a ele pelo menos alguns segundos de televisão na propaganda eleitoral gratuita.
E Daniel? O deputado e presidente regional do PMDB não trouxe ninguém para o seu lado. A grande aposta dele é o PT, que o chamou de “golpista” reiteradas vezes nos últimos anos por ter votado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma, contra o avanço das denúncias que implicam o presidente Michel Temer (PMDB) e por ter sido o relator da nefasta reforma trabalhista. O deputado federal Rubens Otoni (PT) diz cobras e lagartos sobre Danielzinho, mas a esperança do deputado é que o irmão de Otoni, Antônio Gomide, topa embarcar neste amor cara-de-pau.
Se estivesse fazendo um bom trabalho, Daniel poderia ter se transformado em pólo de atração de partidos de esquerda, como PSB e o PCdoB. Mas o discurso dele é tão ruim e desarticulado que a presidente do partido comunista em Goiás, deputada Isaura Lemos, já desistiu dele em detrimento de Zé Eliton – o que reforça mais uma vez a tendência de polarização.