Encomendada pela Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), a mais recente pesquisa Serpes para governador registra um dado histórico – que foi devidamente observado pela coluna Giro, do jornal O Popular, nesta terça-feira: pela primeira vez desde a década de 1980, nenhum eleitor mencionou o nome de Iris Rezende (PMDB) na sondagem espontânea para governador.
Iris está no seu quarto mandato como prefeito de Goiânia. Há três prováveis fatores que explicam o fato de o goiano não considerá-lo como opção para 2018: a idade (o peemedebista completa 84 anos no próximo dia 22 de dezembro), as dificuldades que ele enfrenta para fazer a administração municipal engrenar e os traumas que ele causou na população, no passado recente, ao abandonar seus mandatos para concorrer ao cargo de governador.
Em 2010, Iris renunciou ao seu terceiro mandato de prefeito – um ano e quatro meses depois da posse – para disputar a eleição contra Marconi Perillo (PSDB). Entregou a prefeitura para o vice Paulo Garcia (PT), já falecido, que encerrou a vida pública como um dos políticos mais impopulares da história da Capital.
O trauma causado por Paulo fez com que Iris fosse cobrado em 2016, em sua quarta campanha pela prefeitura, e tivesse que prometer ficar no cargo até o fim da gestão.
No entanto, é provável que a principal explicação para o fato de Iris ter sido “esquecido” pelas pessoas entrevistadas pelo instituto Serpes seja a grande insatisfação com o seu trabalho atual. Goiânia vive dias talvez piores do que viveu com Paulo, graças a obras estruturantes paralisadas (como o BRT Norte-Sul), uma crise aguda na Saúde e na área de limpeza urbana (inclusive com rumores de privatização da Comurg).
A pesquisa Serpes apontou o senador Ronaldo Caiado (DEM) à frente, seguido pelo deputado federal Daniel Vilela (PMDB) e pelo vice-governador José Eliton (PSDB). Os percentuais anotados por cada um não foram divulgados para o público.