A Assembleia Legislativa aprovou em primeira votação o projeto do Executivo que autoriza a concessão de seis trechos de rodovias goianas. O tema é polêmico, claro, e a oposição está gritando muito. Quando se fala em concessão, logo vem na cabeça o pedágio. Nenhum cidadão hoje em dia quer aumentar seus gastos. No mundo ideal, os estados administrariam as estradas com eficiência, oferecendo pistas maravilhosas.
Mas, não é assim. Hoje, os governos não conseguem dar manutenção frequente e de qualidade em milhares de quilômetros. Os recursos são escassos. As demandas em setores como educação, saúde, folha salarial consomem gastos e a infraestrutura vai ficando em segundo ou até terceiro plano. Para complicar, estamos num país tropical, onde as chuvas são fortes e frequentes, o que acaba desgastando as estradas.
No modelo aprovado pela Assembleia as empresas serão obrigadas a duplicar os trechos que ainda estão só com pista simples. Pista duplicada representa mais segurança. A estrutura de uma concessionária também oferece guincho, atendimento e outras assistências que ajudam demais o condutor que está trafegando pelas estradas. Basta observar como ficou melhor e mais seguro o trecho da BR-060 entre Goiânia e Brasília após a criação dos pedágios.
Em São Paulo, a concessão virou símbolo de sucesso. As melhores rodovias estão no estado paulista, que vem adotando o modelo há mais de 20 anos. A população se acostumou e não há revolta.