domingo , 24 novembro 2024
Goiás

Perguntar não ofende: o que Daniel tem a dizer sobre Pareja e a maior rebelião da história de Goiás, na Era Maguito?

Em 29 de março de 1996, portanto há 22 anos, ocorreu a maior rebelião do sistema prisional de Goiás, sob o comando de Leonardo Pareja. O governador do Estado era Maguito Vilela, pai de Daniel Vilela, que agora tem ataque de amnésia e critica o governo pela crise do sistema prisional.

Na ocasião, o então presidente do Tribunal de Goiás (TJ-GO), Homero Sabino de Freitas, além de diversos juízes, autoridades, promotores e advogados, foi feito refém por um grupo de presidiários, enquanto visitavam o complexo prisional.

O preso Amauri Gomes de Oliveira soube previamente que a comitiva estaria no presídio no dia no dia 28 de março de 1996 para verificar a situação dos reeducandos e das instalações do local, além de fazer a doação de uma máquina agrícola. Amauri, então, repassou a informação para os demais, que arquitetaram um plano de fuga.

No dia da visita, os agentes não conseguiram recolher os presos às suas celas e, tampouco, avisaram ao grupo que os presos estavam no pátio. Armados com estiletes e pedaços de pau e ferro, os presidiários se aproveitaram da pouca segurança que cercava a comitiva e começaram a rebelião.

Os reféns foram distribuídos em grupos e colocados em celas, “sob constante ameaça física e psicológica”. A partir daí, começou a destruição do presídio, com a derrubada de muros, incêndio nas dependências administrativas e em um caminhão da Empresa de Saneamento de Goiás (Saneago) que fazia uma obra no interior da prisão. Também foram depredadas as oficinas da indústria e arrombados cofres, de onde foram retiradas drogas, que passaram a ser consumidas livremente.

Depois de longas e exaustivas negociações foram atendidas as exigências dos amotinados, que compreendiam 8 veículos para a fuga, 20 coletes a prova de bala, revólveres, munição e R$ 100 mil em dinheiro, além da garantia de que não seriam perseguidos. A fuga foi realizadas no dia 3 de abril, quando os sequestradores deixaram o Cepaigo acompanhados de Gilberto Marques Filho, Cel. Antônio Lorenzo Filho, Dr. Fábio Cristóvão Campos Faria, Cel. Juarez Francisco de Albuquerque, Aldo Guilherme Saad Sabino e Des. Homero Sabino Freitas.

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