É bom ficar atento nessa discussão sobre a crise prisional para que os valores não sejam invertidos. As emoções se afloram, pois as cenas de violência são fortes e exibidas a exaustão, e por um momento passa a circular no meio social que o detento é “coitadinho amedrontado que estão sendo massacrado pelo Estado, que não faz nada de bom para ajudá-lo”.
Seguindo toda a cartilha dos Direitos Humanos e etc, o cidadão encarcerado precisa ser respeitado e tratado como gente, claro. Mas, a situação nas cadeiras brasileiras hoje é muito peculiar. Diante da omissão do poder público, a morosidade da Justiça e outras mil variáveis, o sistema prisional virou um celeiro de crime.
É de lá que os chefões comandam os crimes praticados aqui fora, planejam assaltos, ameaçam servidores e agentes e até praticam crimes, basta citar o famoso golpe da ligação do falso sequestro.
Então, vamos devagar! O governo de Goiás tem sua culpa, o Poder Judiciário também é culpado, assim como o governo federal. Agora querer achar que essa turma que promove confrontos quase que canibalescos são santinhos sem oportunidades na vida, aí já é demais.